Publicação em vídeo...
Vem...
Não tenhas medo. Rompe a escuridão do
teu mundo e desce ao meu. Abre os braços e materializa-te no voo planado da
gaivota que foi o nosso símbolo. Vem num rasto de azul. Dá-me um sinal...
Não
vês que estou preso?
Não posso voar. Galgar o espaço ao teu encontro. Vem...
Estou à tua espera. Só. Entre ruínas que já não sei reconstruir. Vem e
desamarra as grilhetas que me apertam a vontade. O dia a dia mata-me. Quero
começar a obra que nem projecto teve. Viver no azul a lenda da rapariga do
vestido branco. Ontem não te vi. Não estavas na fresta por onde vês o dia e a
noite.
Onde andas?
Voa baixo. No azul. Ensina-me a ver o teu mundo. Corta as
grilhetas que me dilaceram a alma. Não tenhas medo. Vem pelos anos-luz do
impossível para voarmos juntos no azul infinito...

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