segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Vem...

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Vem...
Não tenhas medo. Rompe a escuridão do teu mundo e desce ao meu. Abre os bra­ços e materializa-te no voo planado da gaivota que foi o nosso símbolo. Vem num rasto de azul. Dá-me um sinal...
Não vês que estou preso?
Não posso voar. Galgar o espaço ao teu en­contro. Vem... Estou à tua espera. Só. Entre ruínas que já não sei reconstruir. Vem e desamarra as grilhetas que me apertam a vontade. O dia a dia mata-me. Quero começar a obra que nem projecto teve. Viver no azul a lenda da rapariga do vestido branco. Ontem não te vi. Não estavas na fresta por onde vês o dia e a noite.
Onde andas?
Voa baixo. No azul. Ensina-me a ver o teu mundo. Corta as grilhetas que me dilaceram a alma. Não tenhas medo. Vem pelos anos-luz do impossível para voarmos juntos no azul infinito...

 
 

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