Para que meditem que vale sempre a pena viver, por mais pesados sejam os fardos que a vida nos destinou. Por vezes surgem "heroínas" que trazem promessas de aligeiramento desses fardos, prometendo "viagens" maravilhosas que não são mais do que potenciais pesadelos que alheiam da vida e arrastam quase sempre para a morte os incautos que ficaram presos nas teias que as "heroínas" teceram.
Ana foi uma criança normal como muitas outras. Cresceu. Fez-se mulher. Tirou um curso superior. Foi professora. Adorava os seus alunos. A família. Era respeitada pelos colegas. Enfim, talvez tivesse um namorado. Depois um segundo... até que conheceu o "Artista", homem casado, pai de filhos. E foi também nessa altura que conheceu Mário, o eterno sedutor, que adivinhou o drama, mas não na sua verdadeira dimensão.
Talvez já fosse tarde e a Ana já estivesse apaixonada pela sua "heroína".
«Olha, Ana, anda ver uma coisa extraordinária!»
«O quê? Onde está? Vale a pena?»
«Sim. Espreita e logo me dizes...»
Passava-se algo de extraordinário para lá do buraco da fechadura de uma porta. Era o mundo. O verdadeiro mundo, ou como devia ser e não era. Um filme de múltiplas vivências que se desfrutavam nesse espaço aberto que o buraco da fechadura deixava ver. Talvez utópico, aqui e ali. Já todos os amigos tinham observado e havia consenso. Era maravilhoso!
Ana, encostada a uma parede, de olhos semicerrados, parecia sonhar. Era a "viagem".
«Ana! Anda ver!» chamaram alguns, ainda emocionados com as imagens que acabavam de ver.»
«Deixem-me. Estou numa boa. O que estou a "ver" e a "sentir" é certamente melhor! Este mundo não tem comparação possível com o vosso.»
«Mas... Ana...» Tentou Mário convencê-la.
«Deixa-me.»
«Ainda antes da "viagem" ir a meio, estás desesperada por voltar. E não consegues!» Pensou.
Mário ainda hoje pensa que devia ter feito mais para afastar a Ana da sua "heroína".
De que vale o remorso, se não se pode remediar o que está feito?
Ana foi uma criança normal como muitas outras. Cresceu. Fez-se mulher. Tirou um curso superior. Foi professora. Adorava os seus alunos. A família. Era respeitada pelos colegas. Enfim, talvez tivesse um namorado. Depois um segundo... até que conheceu o "Artista", homem casado, pai de filhos. E foi também nessa altura que conheceu Mário, o eterno sedutor, que adivinhou o drama, mas não na sua verdadeira dimensão.
Talvez já fosse tarde e a Ana já estivesse apaixonada pela sua "heroína".
«Olha, Ana, anda ver uma coisa extraordinária!»
«O quê? Onde está? Vale a pena?»
«Sim. Espreita e logo me dizes...»
Passava-se algo de extraordinário para lá do buraco da fechadura de uma porta. Era o mundo. O verdadeiro mundo, ou como devia ser e não era. Um filme de múltiplas vivências que se desfrutavam nesse espaço aberto que o buraco da fechadura deixava ver. Talvez utópico, aqui e ali. Já todos os amigos tinham observado e havia consenso. Era maravilhoso!
Ana, encostada a uma parede, de olhos semicerrados, parecia sonhar. Era a "viagem".
«Ana! Anda ver!» chamaram alguns, ainda emocionados com as imagens que acabavam de ver.»
«Deixem-me. Estou numa boa. O que estou a "ver" e a "sentir" é certamente melhor! Este mundo não tem comparação possível com o vosso.»
«Mas... Ana...» Tentou Mário convencê-la.
«Deixa-me.»
«Ainda antes da "viagem" ir a meio, estás desesperada por voltar. E não consegues!» Pensou.
Mário ainda hoje pensa que devia ter feito mais para afastar a Ana da sua "heroína".
De que vale o remorso, se não se pode remediar o que está feito?

Sem comentários:
Enviar um comentário