sábado, 11 de agosto de 2018

Magia negra





Descobri, guardada na parte mais fria e negra do meu baú das recordações, esta poesia incompleta que alguém me dedicou num daqueles momentos negros que não deviam ter existido.
Não se chamava Esfinge e também nunca foi do azul...

...Vês poesia na vida
em cada momento
em cada som
em cada cor
mas é em ti
que deves procurar
essa poesia
e não nos outros;
a vida és tu...
Olha para dentro de ti! 


Palavras sub-reptícias. Quase fatais. Entraste ondulante, tal serpente. E eu ceguei.  Deixei que dominasses. Destruísses à tua volta. Quase inoculaste o veneno fatal.
Mas um dia tiveste um "devaneio" e eu abri os olhos…
Aconteceu no tempo, mas já não está a acontecer. Há muito que este momento está decifrado e arquivado numa gaveta de alta segurança. Este momento nunca devia ter existido. Nem sei porque existiu. Amarração. Chamado (como tiveste estômago...?). Canto da sereia. Cinismo. Maldade. Magia negra. Tempo incoerente. Nem sequer foi por amor o que fizeste.
Estou-me a referir a ti! Sei que ainda tentas manobrar no escuro...
Mas será que conheces o efeito boomerang?
Este momento negro, que afinal durou uma eternidade, agora está guardado na parte mais escura do baú das recordações e só veio à claridade porque alguns retalhos do passado, por mais negros que tenham sido, não podem ser esquecidos.
E é bom que me lembre para o efeito boomerang ser reforçado.
Faz os pactos diabólicos que quiseres e com quem quiseres. Com chamados ou sem chamados. Não tenho medo. Estou à tua espera. De ti e de todo o arsenal maléfico. Não vai resultar, aviso-te.
Lembras-te do anúncio...?
Estou protegido por um escudo invisível!
E acrescento: com efeito repelente.  

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