segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Identidade desconhecida


Esses cabelos castanhos são partículas de felicidade, razão milenária no mundo negro dos teus olhos tristes. Da tua boca oiço a voz que não diz poesia mas sabe prender com palavras doces. Doce é o sabor de provar o fruto agreste que vou colher verde no meu pomar de desencantos. Amargo é o sabor de provar o fruto perdido que vou colher doce no meu pomar de saudades.
Sangrará o coração se te esfumares. A verdade de amanhã há de falar da lenda da tua perfeição.
És a alucinação da oferta aos utopistas sonhadores de impossíveis. És o símbolo sem matéria que os utopistas concebem e nunca terão.
Podias ter sido tudo. A mulher que me encantou. O meu ideal. O único amor da minha vida. Tudo. Mais que tudo. Mas… lamento. És apenas o meu sonho de todas as noites antes de adormecer. Não existes. Não existes na minha base de dados.

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