
É cruel bloquear o sofrimento. Tão cruel como pisares a rosa vermelha que te ofereceram. O sofrimento e o amor são livres e têm a extensão da verdade. Sem algemas, podem escolher o seu destino. Juntos. Fatalmente juntos porque não podem passar um sem o outro. Podem também descobrir os desencontrados e inocular o vírus que os vai unir, ou colocar, lado a lado, o tempo de uma vida.
Na caminhada rumo ao futuro, a vida continua a fluir, mesmo depois dos corpos serem devorados pelos vermes e as memórias serem totalmente apagadas. Como se em cada vida houvesse um novo nome de Deus que corresponde a um quantitativo de amor e de sofrimento que não têm dono mas são de todos. Ligam ou destroem. E essa fatalidade é um número que sai numa roleta que ninguém pode viciar. Acontece amor verdadeiro quando o mesmo número se repete no Homem e na Mulher. Mesmo número. Mesmo Deus. Difícil de acontecer. Probabilidade a tender para zero.
Acaso já tivemos o mesmo número?
Quando os nossos olhares se cruzaram e ouvi a tua voz, senti de imediato o desejo de perguntar se alguma vez Deus escolheu o mesmo número para nós. Quase acredito que sim. Sem te conhecer, parece que sei tudo de ti. Da tua vontade agrilhoada por força das circunstâncias que só nós conhecemos. Das fugas curtas em que és verdadeira. Dos teus olhos que escondem o número que, um dia, pode ser também o meu. Porque sei tudo de ti e nada sei, o sofrimento existe e vai crescendo à medida que acenas esperanças e logo desapareces no negrume da tua prisão.
Compreende. O sofrimento e o amor existem lado a lado e devoram-se mutuamente. É fatal acontecer a coexistência incontrolada do espinho e da rosa.
Estou livre sem o ser, porque ainda não te tenho toda minha. E a ti?, quem te prende? Foge do medo e deixa fluir o amor. Sem barreiras.
Sabes? Estou rico. Nada tenho para te dar. Apenas sonho que trago o mesmo número que tu...
Na caminhada rumo ao futuro, a vida continua a fluir, mesmo depois dos corpos serem devorados pelos vermes e as memórias serem totalmente apagadas. Como se em cada vida houvesse um novo nome de Deus que corresponde a um quantitativo de amor e de sofrimento que não têm dono mas são de todos. Ligam ou destroem. E essa fatalidade é um número que sai numa roleta que ninguém pode viciar. Acontece amor verdadeiro quando o mesmo número se repete no Homem e na Mulher. Mesmo número. Mesmo Deus. Difícil de acontecer. Probabilidade a tender para zero.
Acaso já tivemos o mesmo número?
Quando os nossos olhares se cruzaram e ouvi a tua voz, senti de imediato o desejo de perguntar se alguma vez Deus escolheu o mesmo número para nós. Quase acredito que sim. Sem te conhecer, parece que sei tudo de ti. Da tua vontade agrilhoada por força das circunstâncias que só nós conhecemos. Das fugas curtas em que és verdadeira. Dos teus olhos que escondem o número que, um dia, pode ser também o meu. Porque sei tudo de ti e nada sei, o sofrimento existe e vai crescendo à medida que acenas esperanças e logo desapareces no negrume da tua prisão.
Compreende. O sofrimento e o amor existem lado a lado e devoram-se mutuamente. É fatal acontecer a coexistência incontrolada do espinho e da rosa.
Estou livre sem o ser, porque ainda não te tenho toda minha. E a ti?, quem te prende? Foge do medo e deixa fluir o amor. Sem barreiras.
Sabes? Estou rico. Nada tenho para te dar. Apenas sonho que trago o mesmo número que tu...
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