Esses cabelos castanhos são partículas de felicidade, razão milenária perdida no mundo negro dos teus sonhos. Da tua boca oiço a voz que não diz poesia, mas sabe prender com palavras doces. E doce é o sabor de provar o fruto agreste que vou colher verde no meu pomar de desencantos. Amargo é o sabor de provar o fruto perdido que vou colher doce no meu pomar de saudades.
Sangrará o coração se te esfumares e a verdade de amanhã há de falar na lenda da tua perfeição.
És a alucinação da oferta ao utopista que sonha impossíveis.
És o símbolo sem matéria que o utopista concebe e não tem...
E nunca terá...

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