Onde estão os teus olhos doces
que ainda ontem beijava?
E onde está o teu corpo sedoso
que me embriagava de desejo?
As tuas mãos suaves... não as sinto!
E a tua boca que beijei
que ainda ontem beijava?
E onde está o teu corpo sedoso
que me embriagava de desejo?
As tuas mãos suaves... não as sinto!
E a tua boca que beijei
vezes sem conta
quem foi que a roubou?
Que será o amanhã neste lugar ermo
onde vejo o meu mar bramindo
quiçá feliz por me ver voltar?
Mas não te tenho, amor!
Restam-me as ondas bravias
as tempestades interiores
e o desencanto de um fado
a soluçar na garganta
com versos que fiz só p'ra ti.
Para onde te levou a viagem
quem te encantou na miragem
doutro destino que te acolheu
destino de outro que não o meu?
Partiste já não te vejo...
quem foi que a roubou?
Que será o amanhã neste lugar ermo
onde vejo o meu mar bramindo
quiçá feliz por me ver voltar?
Mas não te tenho, amor!
Restam-me as ondas bravias
as tempestades interiores
e o desencanto de um fado
a soluçar na garganta
com versos que fiz só p'ra ti.
Para onde te levou a viagem
quem te encantou na miragem
doutro destino que te acolheu
destino de outro que não o meu?
Partiste já não te vejo...
Mas o futuro há de vir
lá dos lados do vento sul
com ondas levantando espuma
a chegar a mim uma a uma
sem ver a nossa a chegar.
Em noites de maré cheia
qando a saudade mais aperta
estou de novo à beira-mar;
e a chama que o coração ateia
aquece a praia deserta
na ânsia de te ver voltar...

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