Hoje era o dia dos teus anos...
Pobre coração frio que vês o dia e a noite pela fresta que guarda a morte na terra molhada de lágrimas onde o vento assobia fraco e a chuva cai de mansinho ensaiando uma canção dolente, sem brilho, sem chama, que é o teu choro soluçante abafado pela tumba que guarda a morte.
Foi ontem. Roubaram-me o coração de um anjo com olhar triste no dia em que deitaram rosas brancas para te esquecer. Mas eu nunca me esqueci de ti. Com remorsos ou sem remorsos, não interessa, nunca cortei rosas brancas para ti, nem as comprei. Rosas vermelhas, cor da paixão, sim. Se pudesse colheria todos os dias para ti, meu amor. E se as entrego a outras mulheres, fruto de paixões incontroladas e dos desígnios do destino, vou guardar comigo as últimas para um dia te oferecer. Simbolicamente, pois não sei onde encontrar-te quando chegar o dia da minha viagem.
Hoje era o dia dos teus anos. Ontem, os vermes comeram-te a carne. Já não tens mãos de veludo, nem corpo de adolescente. Mas à força de sonhar nesta ilha onde te espero e abraço a solidão, acredito que um dia vou encontrar-te, minha rosa vermelha em botão. As brancas não as quero. São sinal de morte. Essa, mataram. Deram de comer aos vermes o invólucro em que vieste a este mundo implacável em que estamos todos de passagem.
Acredito que não foste só um invólucro. Um corpo sem espírito. Foste e és mais. O mais que procuro e não encontro. Sei que existes, perdida algures. Mas não consigo ver-te. Quem sabe se, um dia, os sinais me indicam o caminho…
Mas se esse dia chegar, só o amor e a rosa vermelha são de ti o que me resta?
Apesar de não haver sinais nítidos que existes numa outra forma, sem matéria, e ter apenas recordações que se esbatem com o tempo, como ser hoje o dia dos teus anos, quando nos identificarmos só em espírito, então acredito que há de haver uma solução para te encontrar e nos amarmos na eternidade.
Estarás ai à minha espera?
Foi ontem. Roubaram-me o coração de um anjo com olhar triste no dia em que deitaram rosas brancas para te esquecer. Mas eu nunca me esqueci de ti. Com remorsos ou sem remorsos, não interessa, nunca cortei rosas brancas para ti, nem as comprei. Rosas vermelhas, cor da paixão, sim. Se pudesse colheria todos os dias para ti, meu amor. E se as entrego a outras mulheres, fruto de paixões incontroladas e dos desígnios do destino, vou guardar comigo as últimas para um dia te oferecer. Simbolicamente, pois não sei onde encontrar-te quando chegar o dia da minha viagem.
Hoje era o dia dos teus anos. Ontem, os vermes comeram-te a carne. Já não tens mãos de veludo, nem corpo de adolescente. Mas à força de sonhar nesta ilha onde te espero e abraço a solidão, acredito que um dia vou encontrar-te, minha rosa vermelha em botão. As brancas não as quero. São sinal de morte. Essa, mataram. Deram de comer aos vermes o invólucro em que vieste a este mundo implacável em que estamos todos de passagem.
Acredito que não foste só um invólucro. Um corpo sem espírito. Foste e és mais. O mais que procuro e não encontro. Sei que existes, perdida algures. Mas não consigo ver-te. Quem sabe se, um dia, os sinais me indicam o caminho…
Mas se esse dia chegar, só o amor e a rosa vermelha são de ti o que me resta?
Apesar de não haver sinais nítidos que existes numa outra forma, sem matéria, e ter apenas recordações que se esbatem com o tempo, como ser hoje o dia dos teus anos, quando nos identificarmos só em espírito, então acredito que há de haver uma solução para te encontrar e nos amarmos na eternidade.
Estarás ai à minha espera?

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