ESTE ESPAÇO PERTENCE A A. M. FONSECA. SÓ ELE SABE CAÇAR AMORES IMPOSSÍVEIS. MÁRIO DESCOBRE, ILDEFONSO CONSTRÓI, FONSECA TRANSFORMA À SUA IMAGEM. O TEMPO, QUE É O COMEÇO DE TODAS AS COISAS, TEM A ÚLTIMA PALAVRA. E "EU QUE NÃO EU MAS EU"?
DOMINGO, 9 DE SETEMBRO DE 2007
Onde estão os teus olhos doces
que ainda ontem beijava?
E onde está o teu corpo sedoso
que me embriagava de desejo?
As tuas mãos suaves... não as sinto!
E a tua boca que beijei ontem
quem foi que a roubou?
Que será o amanhã neste lugar ermo
onde vejo o meu mar bramindo
quiçá feliz por me ver voltar?
Já não te tenho, amor!
Restam-me as ondas bravias
as tempestades interiores
e o desencanto de um fado
a soluçar na garganta
com os versos que fiz p'ra ti.
Para onde te levou a viagem
quem te encantou na miragem
doutro destino que te acolheu
destino doutro que não é o meu?
Já partiste não te vejo
e o futuro que há de vir
dos lados do vento sul
com ondas que levantam espuma
passam por mim uma a uma
e a nossa nunca mais veio.
Em noites de maré cheia
quando a saudade mais aperta
sonho contigo à beira-mar;
e a chama que o coração ateia
aquece a praia deserta
na ânsia de te ver voltar...
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