DOMINGO, 19 DE AGOSTO DE 2007
Coração frio que vês a noite
pela fresta que guarda a morte
na terra molhada de lágrimas
onde o vento assobia fraco
e a chuva cai de mansinho
canção dolente sem chama
do teu chorar soluçante
na tumba que guarda a morte.
de um anjo com olhar triste
no dia em que rosas brancas
deitaram para te esquecer.
Rosas brancas meu amor
para ti nunca as cortei;
rosas vermelhas paixão
todos os dias as colho
e se a outras mulheres entrego
guardo comigo a mais bela
para um dia te oferecer.
Os vermes comeram-te a carne
já não tens mãos de veludo
nem corpo de adolescente.
Mas à força de sonhar
nesta ilha onde te espero
e abraço a solidão...
um dia vou encontrar-te
rosa vermelha em botão
as brancas são para a morte
e a morte essa “matei-a”
dando de comer aos vermes
a carne e as rosas brancas.
A saudade e a rosa em botão
são de ti o que me resta...
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